Aprendendo a lidar com seus sentimentos


Não queira brigar com os seus pensamentos, faça amizade com sua mente. Cada toque que ela der do tipo: é tarde, saía logo, senão vai se atrasar, você responde a ela: obrigada por ter me lembrado, agora eu estou escolhendo a roupa que vou vestir. Envolva-se com a tarefa presente, fique no aqui e agora, foque, curta as tonalidades de cores que você tem, procure observar com qual cor você se sente bem. Depois de escolher, diga a si mesma: estou linda com essa roupa. Aí, vem a mente com mais um alerta: corre senão você não vai chegar a tempo, então responda: é mesmo, obrigada por me lembrar. Nesse momento, nada de ficar pensando o que pode acontecer se você não conseguir chegar no horário, pois, se fizer isso, você já embarcou na mente e deixou de sentir o momento. Tome seu banho, aceleradinho, ou não, afinal, o tempo é decidido por você, olhe para o seu chuveiro, sinta a água quente banhando seu corpo, aprecie seu sabonete, sinta sua fragrância e como deixa sua pele macia, enxugue-se, vista a roupa escolhida e sinta-se pronta para viver intensamente aquele dia. Por completo.









"Se estivéssemos em seu lugar, todos os nossos esforços seriam direcionados para um único objetivo: procurar uma forma - qualquer forma - de nos sentirmos melhor emocionalmente. Faríamos o máximo para descobrir pensamentos que nos trouxessem algum tipo de alívio emocional ligado ao problema. Porque, quando algum tipo de alívio é conseguido, isso significa que você está se encaminhando para um alinhamento de energia, então a saúde é uma consequência."



(Abraham-Hicks)







domingo, 18 de setembro de 2011

REGRESSÃO TERAPÊUTICA - ROSA RUBRA

Havia uma jovem corajosa para sua época e muito bonita. Era a filha do meio, ficando entre dois irmãos. De uma família nobre da Espanha.
Tinha lindos vestidos e frequentava inúmeras festas. Era muito cobiçada entre os homens, mas nenhum ousava  tomar a liberdade de cortejá-la, pois ela os afastava só com o olhar. Para a sua época era ousada demais. As mulheres falavam dela. Comentavam que apesar de linda era muito geniosa e nada feminina, apesar de seus trajes. Tinham medo de sua aproximação. Falava a verdade na cara da pessoa, custe o que custar. Cuspia sua insatisfação. Feria os brios de todos. Tinha muita raiva, pois estava impossibilitada de realizar seu sonho mais íntimo. Fazer touradas. Enfrentar os touros, como seus irmãos. Coragem não lhe faltava.
Os toureiros da região sabiam de seu desejo de ingressar na arena. Era motivo de risos e zombeteiros.
Como ninguém a segurava, um dia ficou escondida ouvindo as instruções de um toureiro mais velho, aos mais jovens e novatos. Era uma reunião formada só de homens. Um deles sentiu um perfume, vindo da brisa que soprava, vinda de uma das janelas, balançando a cortina. Isso a denunciou. Lá estava ela. Na espreita, prestando atenção de cada palavra pronunciada. Fora descoberta.

Arrancaram-na do local. Presa pelos braços, ouvindo zombeteiros e agressões verbais, esforçava-se para escapar e enfrentar um por um, se fosse preciso, para fazer-se ouvir. Esbravejava, cuspia fogo! Tinha resposta para tudo. Somente se conteve quando o toureiro mais velho, quis ouvi-la. Silenciaram.

O ancião ouviu, fez perguntas, pediu explicações e considerou. Teve sua oportunidade. Apesar de algumas controvérsias,  marcaram uma tourada às escondidas. Seus irmãos tentavam tirar de sua mente toda aquela insensatez. Nada e ninguém conseguia.

Tudo escondido, seus irmãos deram instruções, imploraram para que ela não seguisse adiante, pois era muito perigoso. Segura de si, querendo provar que tinha todas as possibilidades de vencer o touro, não ouvia mais ninguém.

Chegado o dia e na hora marcada, estava lá. Pronta.



Começou a tourada, ela driblava aqui, ali, deixando todos boquiabertos. Realmente ela provou que sabia e tinha talento para isso. Mas a vaidade tomou conta de si. Virando-se para receber os elogios, os aplausos, pois tinha conseguido seu intento.
Eis que o touro, bravo como estava,  rapidamente recuperou-se e avançou contra ela, mesmo sendo avisada por todos, não houve tempo suficiente para interceder.

Foi atingida nas costas, quase no meio, perto do ombro direito, sendo arremessada para o alto. Correram para tirar o touro de cima dela e poder socorrê-la. Tarde demais.

Bela história de uma mulher corajosa, mas que não soube como utilizar em sua época toda ousadia.

Foi levada às pressas, mas não resistiu.

Ficou se recuperando no astral, por um bom tempo, quando acordou voltou pensando e agindo como se estivesse na arena. Brava como era, brigava com todos à sua volta. Com muito custo foi compreendendo o que tinha acontecido. Voltou para a arena! Tentava falar com os toureiros, mas eles não respondiam, assim ficava ainda mais irritada. Não entendia todo aquele silêncio. Num dia um deles começou a recordar o acontecido falando com outro companheiro.
- Ela teve o que mereceu, pois onde se viu uma mulher querendo domar um touro, parece que em suas entranhas tinha muito mais de homem do que de mulher. Todos riam.
Ela esbravejava ainda mais. Foi então que uns adeptos da vaidade e da ira apareceram e começaram a falar-lhe sobre vingança e assim foi feito.
Começavam a irradiar ira, desconfiança, ódio, inveja, entre os toureiros.  A discórdia reinava entre eles.
Sabotagens eram executadas, até que mortes foram surgindo.
E quando todos se encontravam em espírito, aquela vibração aumentava e o tormento em sua consciência e ao seu redor aumentava.
Em seus momentos de reflexão indagava o porque  de seus sentimentos não serem abrandados, já que a vingança acontecera.
Numa dessas indagações surgiu um sereno e sábio homem.
Só com sua aproximação ela foi se acalmando, perguntando que era e o que queria.
-Venha comigo e não sentirás mais ira e vaidade que está corrompendo sua alma. Sentes a humildade de ser apenas você. Seus conflitos desaparecerão e poderás retornar para fazer o bem a toda a humanidade, pois ousadia e coragem tu já tens.
- Existe  algo ou um lugar no qual poderei me livrar desses conflitos?
- Minha jovem, não existem perguntas sem respostas, portas que não se abrem... No Universo tudo está disponível, basta querer o bem.
- Se tudo está disponível, quero voltar e continuar até chegar a dominar aqueles touros.
- Creio que você ainda está tocada pela vaidade de querer mostrar que tudo podes como vossos irmãos. Você veio nessa família justamente para aceitar e aprender a desenvolver a coragem feminina.
- Então tinha coragem suficiente, porque tive que morrer? Isso é injusto.
- Você quis provar que era igual a eles, por quê? E para que essa atitude? Já que tinha  atenção. Tinha beleza, posição social e família abastada.
- Isso é pouco para mim. Eu queria atenção de todos, ser idolatrada, admirada pela minha coragem   em domar touros.
- O que a levou a isto?
- Você parece que não entende o que quero. Quero ser mais que meus irmãos, pois eles são destemidos e eu também sou. Precisam ver que sou.
- Bela mulher, a vaidade não a leva a nada. Continuas acreditando que precisas provar e ser como alguém o é. E você precisa provar algo a você mesma? Precisas acreditar que é tão quanto eles, por você mesma? A condição feminina lhe incomoda por quê?
Um choro incontido invadiu seu rosto.  Lembrou-se que via sua mãe sendo humilhada por seu pai. Ele não tinha paciência, fazia dela uma escrava, mesmo tendo serviçais. Era impedida de ser ela mesma, de ter atitudes próprias. Tinha que agir de acordo com sua posição social. Continha seus risos ardentes, seus sentimentos fortes. Via sua alegria indo embora a cada dia, seu rosto se fechando, perdendo seu viço. Era uma flor secando dia a dia.
- Venha comigo. Vais para um tempo onde o tempo inexiste. Onde o mais precioso é a pureza da alma. Lá terás a liberdade de escolhas e se quiseres poderás praticar o bem. De entender as  escolhas e auxiliar muitas almas ainda perdidas em seus sentimentos primitivos e destrutivos.


Assim Rosa Rubra foi assumir seu lugar no jardim do Universo.


Regressão realizada em 06/06/2011.
Terapeuta: Roseli Queiroz Garcia Gil

Nenhum comentário:

Postar um comentário