Aprendendo a lidar com seus sentimentos


Não queira brigar com os seus pensamentos, faça amizade com sua mente. Cada toque que ela der do tipo: é tarde, saía logo, senão vai se atrasar, você responde a ela: obrigada por ter me lembrado, agora eu estou escolhendo a roupa que vou vestir. Envolva-se com a tarefa presente, fique no aqui e agora, foque, curta as tonalidades de cores que você tem, procure observar com qual cor você se sente bem. Depois de escolher, diga a si mesma: estou linda com essa roupa. Aí, vem a mente com mais um alerta: corre senão você não vai chegar a tempo, então responda: é mesmo, obrigada por me lembrar. Nesse momento, nada de ficar pensando o que pode acontecer se você não conseguir chegar no horário, pois, se fizer isso, você já embarcou na mente e deixou de sentir o momento. Tome seu banho, aceleradinho, ou não, afinal, o tempo é decidido por você, olhe para o seu chuveiro, sinta a água quente banhando seu corpo, aprecie seu sabonete, sinta sua fragrância e como deixa sua pele macia, enxugue-se, vista a roupa escolhida e sinta-se pronta para viver intensamente aquele dia. Por completo.









"Se estivéssemos em seu lugar, todos os nossos esforços seriam direcionados para um único objetivo: procurar uma forma - qualquer forma - de nos sentirmos melhor emocionalmente. Faríamos o máximo para descobrir pensamentos que nos trouxessem algum tipo de alívio emocional ligado ao problema. Porque, quando algum tipo de alívio é conseguido, isso significa que você está se encaminhando para um alinhamento de energia, então a saúde é uma consequência."



(Abraham-Hicks)







quarta-feira, 9 de outubro de 2013

ADELAIDE

REGRESSÃO TERAPÊUTICA - ADELAIDE

Um grito sai do fundo de minha alma. Um pedido de socorro.
Sinto-me só, abandonada pelo destino.
Chamo e ninguém me ouve.
Grito e nada.
Estou perdida em minhas dores.
Dores profundas da Alma.
A escuridão, a solidão me envolve.
Não vejo mais nada.
Grito mais uma vez, um ai dolorido, profundo e não sou ouvida.
Choro, clamo por alguém e nada.
O que aconteceu comigo?
Não sei, não sinto, não vejo.
Só grito por socorro, me tirem daqui...
Ouço meu próprio grito.
Ninguém me responde.
A dor maior é de minha alma.
Um sentimento de profundo vazio.
Uma tristeza imensa que sai de minha alma.
Socorro, por misericórdia..., me tirem daqui, sofro muito, estou sem forças, não consigo mais viver nesse sofrimento...
Por misericórdia, me tirem desse buraco negro, de solidão profunda...
Começo a ver uma pequena luz no firmamento, parece longe, mas vou ficando cada vez mais calma, até que veio uma mão estendida, oferecendo-se para resgatar-me daquele sofrimento.
Agarro como última chance de sobrevivência, quanto esperei por esse momento, mesmo não sabendo de que forma seria.
 

Começo a sentir mais paz, tranquilidade...aos poucos vou recuperando minha visão.
Vou respirando profundamente como que se a cada inspiração meus pulmões enchem de vida.
Aos poucos todos os sentimentos de aflição vão sendo emilinados.
Começo a enxergar flores, pássaros, a ver a mim mesma, refletida nas águas de um pequeno lago...
Não me lembrava mais de como era bonita, vestia-me bem...
Um dia desses quando estava bem recuperada recebi a visita de um homem mais velho, vestido de branco, com palavras suaves. Veio me esclarecer os fatos, conforme eu conseguia me recuperar.
- Senhor, não me recordo, porque fui cometida de tanto sofrimento? perguntei.
- Aos poucos terás a recordação da qual precisarás para que evoluas em alma, em espírito. Ainda precisas se fortalecer. Ele me disse.

Os dias foram passando, mais pessoas se aproximando e eu adquirindo um sentimento suave, brando, de muita paz, algo diferente que jamais tinha sentido.
Sabia ouvir meus companheiros, daquele hospital. Já passeávamos por todo jardim. Era muito bom. Um ou outro dizia algo sobre recordar o que já viveu, mas sabíamos que depois disso seríamos transferidos de ala.
Só víamos os recuperados da memória ancestral, vez ou outra, de longe. Não tínhamos contado, só no olhar.
Era diferente, em seus olhares. Tinham um ar de indagação, curiosidade, não sei explicar direito.
Certo dia, acordei insegura, procurei aquele senhor que me levou a uma câmara à prova de sons. Dizia que era a câmara da conscientização.
Deitei-me num sofá confortável, macio, quentinho e ele me disse para não temer nada apenas fechar os olhos.
De repente comecei a chorar e ver uma moça perfeitamente bonita, abastada, cheia de jóias...
Ela gritava com os criados.
De um em um foi recordando os maus tratos com as pessoas. O sentimento de orgulho invadindo o seu ser.
Quantos desamores, quantas feridas foram feitas...
Somente seus pais tinham a devida paciência para ensinar-lhe a ser mais bondosa com as pessoas.
Sua mãe rezava todos os dias pedindo perdão pelos seus atos, pois sabia que dentro dela existia alguém bondosa, sentimentos bons com as pessoas.
Um dia cavalgando pelos campos, seu cavalo se assustou com uma cobra e ela foi arremessada...Quando caiu bateu a cabeça numa pedra, perdendo os sentidos.
Quando foi encontrada, a sua vida já não mais se manifestava.
Ficou presa àquela inércia por muitotempo, até que pediu a misericórdia.

- Senhor, que dor é essa em meu peito, cada vez que recordo o rosto dos serviçais, de garotas do clube, da sociedade, de garotos dos bailes...Por que chora minha alma? Dói muito. Eu disse ao senhor que estava ao meu lado.
- Filha, cada rosto que recordas são de pessoas das quais você desprezou, magoou. Me respondeu.
- Mas eu não sabia que feria tanto assim, dói muito.
- Quando temos o dom da vida encarnada, temos a oportunidade de evoluir nossos sentimentos e você teve a oportunidade de colocar para fora os seus piores. A conscientização dos fatos é dolorosa mesmo.
Dói porque já estás curada desses sentimentos desumanos e destrutivos. Hoje tens em seu coração Amor por todos que vos cerca. O arrependimento faz parte do tratamento que fizeste. Terás a oportunidade de praticares esses arrependimentos, enviado Amor a todos os feridos e mesmo assim ainda terás o livre arbítrio de escolher o que quer fazer para ressarcir todas as pessoas.
- Agora entendo os olhares. Depois dessa câmara, somos libertos da clausura de sentimentos.
O entendimento maior nos faz ver o quanto somos pequenos diante de tantas oportunidades de evolução, através do Amor.
                                                                                                                                                                         Quero seguir cada passo, num aprendizado regrado de compreensão e amor por todos seres vivos.
Quero evoluir, quero ter a oportunidade de explorar todas as chances de esclarecer os interessados sobre o que é o entendimento maior, a conscientização de que toda ação tem uma consequência e que embora se tenha um tempo aflitivo ele é necessário para que possamos filtrar os sentimentos destrutivos adquiridos no processo evolutivo.
Sou muito grata por todas as oportunidades. Continuarei em meu caminho. Estou em paz.





Regressão realizada em 27/09/2010
Terapeuta: Roseli Queiroz Garcia Gil