“A consciência é, sobretudo produto da percepção e orientação no mundo externo, que provavelmente se localiza no cérebro, sendo que a sua origem seria ectodérmica. No tempo dos nossos ancestrais essa mesma consciência derivaria de um relacionamento sensorial da pele com o mundo exterior.” (Jung, Fundamentos de Psicologia Analítica)
Calatonia - "O nome calatonia vem de “kalós” em grego que significa bom e “tonia” que significa tensão ou tônus – ou seja – significa “recuperar o tônus ideal"
Uma técnica capaz de nos levar a resgatar momentos do passado e promover um completo estado de relaxamento.
A Calatonia é uma técnica de relaxamento profundo que leva à regulação do tônus, promovendo o reequilíbrio físico e psíquico do paciente. Essencialmente falando a Calatonia baseia sua atuação na “sensibilidade táctil”, através da aplicação de estímulos suaves, em áreas do corpo onde se verifica especial concentração de receptores nervosos.
Foi Sandor, nascido em 28 de abril de 1916, húngaro, apreciador das artes, em especial pela música. Médico ginecologista e obstetra quem criou essa técnica de cura após as traumáticas experiências com feridos de guerra no campo de refugiados da Alemanha, incluindo-se a esses seus pais.
No campo de refugiados, Dr. Pethö Sándor iniciou suas observações sobre os procedimentos que dariam origem à Calatonia. Ao atender como obstetra nas enfermarias femininas deparou-se com numerosos casos de problemas circulatórios. Sem os recursos convencionais, devido à escassez da guerra, passou a 'experimentar' toques e manipulações suaves nas extremidades do corpo de suas pacientes, visando o alívio dos sintomas e dores. E assim iniciou a observação dos "efeitos terapêuticos do toque suave".
Durante a segunda guerra mundial Sándor atendeu feridos e refugiados em deslocamento pela Europa e devido às precárias condições geradas pela guerra, deparou-se com situações onde os recursos médicos, além de escassos, eram de pouca ajuda no atendimento a seus pacientes.
Naquele período, dadas as precárias condições geradas pela guerra, com freqüência via-se diante de situações onde os recursos médicos, além de escassos, eram de pouca ajuda no atendimento de seus pacientes. Nesse contexto, Dr. Sándor foi designado para o cuidado de pacientes com os mais variados traumatismos, conforme ele mesmo relatou ao falar sobre o surgimento de seu método:
"Idealizou-se este método durante a segunda guerra mundial, com base nas observações feitas em casos de readaptação de feridos e congelados, no período posterior à grande retirada da Rússia. Num hospital da Cruz Vermelha foram atendidas as mais diferentes queixas na fase pós operatória, desde membros fantasma e abalamento nervoso, até depressões e reações compulsivas".
Era praticamente impossível estabelecer um limite entre o traumatismo físico e o sofrimento psicológico que atingia estes pacientes. Mas Sándor já estava atento às estreitas relações existentes entre os processos corporais e o funcionamento psico-emocional. Foi, portanto, nestas condições dramáticas de trabalho que ele tentou utilizar os 'métodos de relaxamento' usuais na época, como por exemplo o método de Schultz. Mas não obteve sucesso, pois a gravidade da condição destes pacientes não lhes permitia a concentração necessária e eles não se sentiam motivados a colaborar com a aplicação desse método. Foi quando Sándor observou o seguinte:
"Percebeu-se então, que além da medicação costumeira e dos cuidados de rotina, o contato bipessoal, juntamente com a manipulação suave nas extremidades e na nuca, com certas modificações leves quanto à posição das partes manipuladas, produzia descontração muscular, comutações vasomotoras e recondicionamento do ânimo dos operados, numa escala pouco esperada."
Sándor está nos conta que orientado por seu conhecimento médico e por sua intuição, aplicava toques nesses pacientes de modo ainda não estruturado em uma técnica específica. Ao observar as reações positivas a estes toques notou como a atuação terapêutica propiciada pelo contato suave, atento e cuidadoso ajudava na recuperação dos pacientes, tanto na melhora física como também psicológica.
Aqueles que conhecem um pouco da história pessoal do Dr. Sándor sabem o quanto ele mesmo, bem como sua família, foi duramente atingido pelos horrores da guerra. No entanto, percebemos nas entrelinhas de sua descrição a atitude compassiva e amorosa que assumia diante do sofrimento de seus pacientes...!
Sándor trabalhou na Alemanha por mais três anos, cuidando de pacientes com queixas psicológicas ou neuropsiquiátricas. Neste período já começava a sistematizar e fundamentar sua técnica - a primeira seqüência de toques sutis da Calatonia - com base nos conhecimentos da Psicologia e da Neurologia.
Foi a partir dessas experiências que o Dr. Pethö Sándor iniciou a "fundamentação multilateral" (sic) de seu trabalho, posteriormente ampliada no Brasil:
"...onde houve a possibilidade de estudar as pesquisas mais recentes sobre a formação reticular, as representações vegetativas na córtex e sobre proprioceptivos periféricos. Ao mesmo tempo acumulou-se bastante material de ordem psicológica, reforçado aqui no Brasil, por aqueles colegas que adotaram o método, particularmente na Psicologia."
Sandór, que era obstetra de formação, começou aplicando sua técnica para aliviar a dor do parto, mas também em dor fantasma, neuroses por estresse pós- traumático, depressão, ansiedade, neuralgias e outros tipos de dor. Isso lhe valeu uma fama de “Dr. que tira a dor com as mãos” entre os feridos de guerra alemães. Nessa peregrinação de fuga dos efeitos da guerra, ele perdeu seus pais e sua esposa, o que o motivou a buscar outro país para viver. Tentou muitos países, mas optou pelo Brasil porque foi aceito aqui como imigrante sem restrições.
Chegou ao Brasil em 14 de junho de 1949. Não pôde, porém, atuar como médico por causa da documentação necessária à validação de seu diploma. Nos anos 70, passou a ensinar as técnicas de trabalho corporal no meio acadêmico, no curso "Integração Fisiopsíquica" da Faculdade de Psicologia, na PUC-SP. No início dos anos 80, Sándor iniciou o Curso de Especialização no Instituto Sedes Sapientiae de São Paulo, que conduziu até 1992.
O Prof. Sándor faleceu a 28 de Janeiro de 1992, em plena atividade criativa. Seu trabalho no entanto continua através das atividades de vários grupos de estudos, conduzidos por seus ex-alunos. Prosseguem também, no Instituto Sedes Sapientiae de São Paulo, as atividades do curso de "Cinesiologia Psícológica", ao qual Sándor vinha se dedicando com especial empenho nos últimos anos, promovendo a formação de novos terapeutas.
A quem se destina a Calatonia:
Em princípio, qualquer pessoa poderá se beneficiar da Calatonia para obtenção de um relaxamento profundo.
Porém tal trabalho deverá ser sempre acompanhado por um profissional habilitado, capaz de avaliar e elaborar com o paciente, suas reações à técnica, bem como as possíveis contra-indicações à aplicação do método. Em São Paulo, Brasil já dispomos de relatos de profissionais de diferentes áreas sobre a utilização da Calatonia como recurso auxiliar na Psicologia, Medicina, Educação, Reabilitação Física, Fonoaudiologia, etc.
A palavra "massagem" vem do árabe "massa" que significa "tocar, sentir e manipular" ou da palavra Hindu "amassar", cujo significado é o mesmo. Portanto a massagem é a arte de "tocar, sentir e manipular" tecidos macios do corpo, incluindo músculos, tecidos conectivos, tendões, ligamentos e articulações para estimular a circulação, a mobilidade, a elasticidade ou alívio de determinadas dores corporais.
Segundo o próprio Prof. Sándor, Calatonia é uma expressão que "(...) indica um tônus descontraído, solto, mas não apenas do ponto de vista estático e muscular. No original grego o verbo khalaó indica relaxação e também alimentação, afastar-se do estado de ira, fúria, violência, abrir uma porta, desatar as amarras de um odre, deixar ir, perdoar aos pais, retirar todos os véus dos olhos, etc."
Portanto, podemos dizer que a Calatonia, enquanto método de relaxamento visa, evidentemente, promover efeitos de soltura e/ou distensão muscular, ou seja, a "regulação" do tônus. Mas sua atuação vai além do nível apenas muscular, promovendo também "reorganizações psicofisiológicas" em vários níveis.
Segundo o médico, muitos problemas de saúde eram causados devido ao excesso de tônus neurológico que se apresentam no corpo através da hipersensibilidade e tensão. Quando esta tensão é “aliviada”, sintomas como a própria tensão e dor, por exemplo, são resolvidas.
Sandór tinha ideias ligadas às medicinas orientais, pois se interessou e estudou medicinas alternativas, e há quem imagine que ele também tirou seus pontos de relações com meridianos e chakras. Após a manipulação dessas regiões, que visa induzir um relaxamento profundo, o terapeuta poderá também fazer toques sutis em outras partes do corpo, conforme a sintomatologia do paciente.
O procedimento básico da calatonia são toques sutis feitos nos dedos dos pés de um a dois minutos cada um. Os toques sutis no corpo induzem ao relaxamento profundo, não só do tônus muscular, mas como também da mente. É uma via de acesso a níveis de consciência bem profundos, podendo ser assumido como uma meditação induzida pelo terapeuta através dos toques nos pés.
Durante uma sessão de massagem, um terapeuta experiente usa todas as suas ferramentas para que a sua arte de "tocar, sentir e manipular" seja eficiente. Porém, ao sair do consultório, o cliente estará sujeito aos mesmos níveis de tensão que o fizeram procurar uma terapia (trânsito, cobrança, problemas pessoais e financeiros, etc.) e logo voltará aos seus padrões de desarmonia.
Como tornar fazer com que os efeitos terapêuticos de uma rotina de massagem sejam mais duradouros? A calatonia entra como um ótimo suporte para este problema. Uma rotina básica além de potencializar o relaxamento da massagem, induz a pessoa a acessar níveis de consciência profundos, além de regular o tônus muscular, a respiração e acalmar a mente.
Durante uma sessão de massagem, um terapeuta experiente usa todas as suas ferramentas para que a sua arte de "tocar, sentir e manipular" seja eficiente. Porém, ao sair do consultório, o cliente estará sujeito aos mesmos níveis de tensão que o fizeram procurar uma terapia (trânsito, cobrança, problemas pessoais e financeiros, etc.) e logo voltará aos seus padrões de desarmonia.
Como tornar fazer com que os efeitos terapêuticos de uma rotina de massagem sejam mais duradouros? A calatonia entra como um ótimo suporte para este problema. Uma rotina básica além de potencializar o relaxamento da massagem, induz a pessoa a acessar níveis de consciência profundos, além de regular o tônus muscular, a respiração e acalmar a mente.
Sándor morou no estado de São Paulo, onde conquistou muitos seguidores e admiradores, que dão continuidade ao seu método até hoje, dando cursos e aplicando em hospitais e clínicas particulares. Ele ainda conseguiu divulgar a calatonia em outros países, mas o Brasil é o local onde se concentram mais seguidores e estudos sobre o método.
As pessoas que conheceram Pethö Sándor dizem que ele era muito econômico com as palavras e não gostava muito de falar de si, contudo sabe-se que criou seu método enquanto trabalhava em hospitais para refugiados de Cruz Vermelha na Alemanha, no pós-guerra. Recebendo muitos pacientes, todos os dias, e com recursos muito limitados, ele começou a notar que os toques na pele traziam relaxamento profundo e conforto aos pacientes. Começou a experimentar diferentes tipos de toque e diferentes áreas da pele até chegar a sequência básica da calatonia, onde os pés são o principal local de aplicação da técnica.
A maior parte dos profissionais que atuam está em São Paulo. Quem desejar mais informações sobre calatonia, ou estiver em busca de um bom profissional, pode consultar a rede montada pelas instituições que pesquisam esse método, cujo endereço eletrônico é: www.calatonia.net.
Ela traz benefícios à medicina convencional e pode ser usada em casos de ataque cardíaco, estresse, artrite, artrose, e problemas emocionais, entre eles, pânico, depressão, além de crises de ansiedade.
Na psicossomática, embora a utilização da Calatonia não vise resultados específicos (uma vez que a reorganização psicofísica é global, e cada organismo reage à sua própria maneira individual e única) esta técnica atua sobre uma variada gama de queixas diante das quais tem-se observado resultados bastante positivos”: acelera o pós-operatório, reduz as dores e o estresse da cirurgia, proporciona relaxamento mental, articular e muscular, tensão muscular, stress, enxaquecas, asma, depressão, obesidade, alergias, distúrbios glandulares, dores, artrite, artrose, crises de ansiedade, crises de pânico, distúrbios de ordem psicossomática, proporciona vivências multisensoriais, atua sobre a totalidade do organismo de modo reestruturador, relaxa, descontração das articular e muscular, recondicionamento do ânimo, entre outros, são alguns dos problemas onde a Calatonia tem registrado resultados positivos.
No entanto, tal trabalho deverá ser sempre acompanhado por um profissional habilitado, capaz de avaliar e elaborar com o paciente as suas reações à técnica, bem como as possíveis contra-indicações à aplicação do método – “ Em São Paulo, já dispomos de relatos de profissionais de diferentes áreas sobre a utilização da Calatonia como um recurso auxiliar na Psicologia, Medicina, Educação, Reabilitação Física ou Fonoaudiologia”.
É fundamental que as sessões sejam feitas por profissional habilitado e experiente para avaliar as possíveis reações emocionais do cliente após a sessão.
MAHATMA NÚCLEO CULTURAL E TERAPIAS ALTERNATIVAS
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Terapeuta Holística - Roseli Queiroz Garcia Gil